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terça-feira, 14 janeiro, 2025
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Estatísticas mostram aumento da delinquência na França em 2024

Por Alexandre Gomes

A cada dia na França são cometidos três homicídios, cerca de mil agressões, 600 roubos e mais de 330 assaltos à mão armada. Esses são alguns números da delinquência “cada vez maior” no país, segundo estatísticas do ministério do Interior. Isso sem falar na ameaça terrorista islâmica que, de acordo com as autoridades, “se instalou de forma permanente”.

Entre 2016 e 2024, o número de vítimas de homicídio aumentou 28%, conforme reportagem do jornal Le Figaro, que denuncia uma “degradação da situação nacional em relação à violência”. A França “passou mais uma vez acima da marca simbólica de mil mortes violentas em um ano (1.186)”, constata o criminologista Alain Bauer. Esse número, no entanto, está abaixo do pico de 1.400 nos anos 1990 e 2000. Porém, os dados traduzem o “instinto de matar”, destaca.

As violências sexuais tomam ainda maiores proporções, alerta o diário: 123.210 casos em 2024, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Para o especialista, isso representa “um profundo movimento de retorno da violência física no Ocidente” que, segundo Bauer, “estava sendo ignorada ou subestimada”.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 são citados como um parêntese de tranquilidade. Entretanto, para responder às expectativas da população será necessário mais do que um esforço pontual, conclui.

O jornal Le Monde publica uma entrevista com Nicolas Lerner, da Direção Geral de Segurança Exterior (DGSE). Ele estima que o terrorismo islâmico se instalou de forma definitiva na França, país que “por seu passado de potência colonial é considerado por muitos como opressor das nações muçulmanas”. Para Lerner, “ainda que a França, por seu modelo de liberdade, seja um dos maiores alvos, nenhum país ocidental ou europeu está a salvo do terrorismo”.

Após mais de dez anos de ameaças constantes, ele explica que o país aprendeu a desenvolver mecanismos de proteção e que cada cidadão agora “se sente parte do combate”. Segundo Nicolas Lerner, o reforço nos mecanismos de segurança contra o terrorismo permitiram aos franceses a manutenção de um estilo de vida que preza pelas liberdades fundamentais. Até agora, ele explica, “os jihadistas têm falhado em sua missão de tentar impor zonas com aplicação de leis baseadas na religião, com objetivo de desestabilizar a sociedade”.

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