Movimentos de esquerda brasileiros, incluindo o MST e o PCdoB, enviaram uma carta de apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, desencadeando uma onda de debate e discordância. O documento, intitulado ‘Solidariedade dos Movimentos Populares brasileiros ao povo da Venezuela’, defendeu o regime venezuelano e atacou a líder da oposição, Maria Corina Machado.
Enquanto o PT não assinou formalmente o documento, seu secretário de relações internacionais e parlamentares aderiram à carta, intensificando a controvérsia. A carta afirmou que Maria Corina Machado é ‘representante da direita bolsonarista’ e criticou sua tentativa de concorrer às eleições, embora tenha sido impedida pelo poder judiciário venezuelano.
Além disso, a carta defendeu o sistema eleitoral venezuelano, ignorando as críticas sobre a falta de transparência e a manipulação por parte de Maduro. O apoio da esquerda brasileira ao regime venezuelano gerou polêmica, especialmente considerando a situação política e econômica instável do país vizinho.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, agradeceu o apoio dos movimentos populares brasileiros, destacando a solidariedade expressa na carta. No entanto, especialistas questionaram várias afirmações da carta, incluindo a suposta liberdade de imprensa na Venezuela e a abertura do sistema eleitoral.
A carta também pediu o fim do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à Venezuela, apesar das controvérsias sobre a eficácia dessas sanções e das manobras políticas de Maduro. A controvérsia em torno da carta reflete as divisões ideológicas e políticas presentes não apenas no Brasil, mas em toda a região.