O empresário e proprietário da rede social X, Elon Musk, se manifestou neste sábado (24) sobre a prisão de Pavel Durov, fundador do serviço de mensagens Telegram. Durov foi detido na França sob a alegação de que a plataforma estaria envolvida em “tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes” devido à falta de moderação e às ferramentas oferecidas.
Em uma postagem no X também neste sábado, Musk compartilhou uma notícia sobre a detenção de Durov e questionou se, na Europa de 2030, as pessoas serão executadas por “curtir um meme”. Ele escreveu:
– POV [ponto de vista]: Estamos em 2030 na Europa e você está sendo executado por curtir um meme.
Em outra publicação, Musk comentou “20 anos…” em resposta a uma postagem do investidor Mario Nawfal, que sugeriu que Durov poderia enfrentar essa pena de prisão devido às acusações na França.
Sobre a prisão de Durov
Pavel Durov foi detido neste sábado no aeroporto de Le Bourget, próximo a Paris, conforme informou a imprensa local. A prisão foi autorizada por um mandado de busca emitido por investigadores franceses, com base em uma investigação preliminar sobre várias infrações associadas à plataforma de mensagens.
As informações sobre a prisão foram publicadas pelos veículos Le Monde, AFP e TF1. O Escritório de Combate à Violência contra Menores (Ofmin, na sigla em francês) emitiu o mandado de busca contra Durov, alegando que ele não colaborou com as investigações sobre o uso criminoso do Telegram por seus usuários.
A Justiça considerou que a falta de moderação, a ausência de cooperação com as forças de segurança e as ferramentas oferecidas pelo Telegram fazem da plataforma uma cúmplice em casos de fraude, tráfico de drogas, crime organizado, apologia ao terrorismo e crimes contra crianças.
Durov, franco-russo de 39 anos, estava acompanhado por seu guarda-costas e assistente quando desembarcou de seu jato particular após uma viagem do Azerbaijão à França. Ele planejava passar pelo menos uma noite em Paris. O bilionário foi detido entre 19h30 e 20h, horário local.
O mandado de busca só seria válido enquanto Durov estivesse na França, conforme relatado pelo canal TF1. Investigadores do Escritório Nacional Antifraude (ONAF, na sigla em francês), vinculado às alfândegas, colocaram Durov sob custódia. Ele deve enfrentar uma possível acusação neste domingo (25) por uma série de crimes.