Os eleitores taiwaneses conferiram ao Partido Democrático Progressista, que busca limitar a influência de Pequim, um terceiro mandato consecutivo no comando da ilha. O presidente Joe Biden, ao deixar a Casa Branca com destino a Camp David, afirmou que os EUA não apoiam a independência de Taiwan, em um esforço para atenuar as preocupações da China. Os resultados eleitorais mostraram que o atual vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te, conhecido por manter laços estreitos com os EUA, venceu Hou Yu-ih, do partido de oposição Kuomintang, que prometia expandir o comércio e a diplomacia com a China.
A China considera Taiwan parte de seu território, com o presidente Xi Jinping defendendo a unificação e não descartando uma intervenção militar. Os EUA mantêm uma política de ambiguidade estratégica, reconhecendo as reivindicações históricas da China, mas mantendo relações não oficiais com Taipei e prometendo assistência defensiva. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destacou a força do “robusto sistema democrático” de Taiwan e reiterou o compromisso dos EUA com a paz e estabilidade na região.
O Ministério das Relações Exteriores da China apresentou uma queixa diplomática aos EUA, pedindo que Washington pare de enviar “sinais errados às forças separatistas da ‘independência de Taiwan’”. O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, anunciou que uma delegação de deputados visitará Taipei após a posse de Lai em maio.
