María Elvira Salazar afirmou que o magistrado precisa ser ‘totalmente responsabilizado’
Não é de hoje que deputados norte-americanos demonstram preocupações com as decisões arbitrárias de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns parlamentares dos Estados Unidos, inclusive, são favoráveis às sanções impostas aos magistrados brasileiros.
A deputada republicana María Elvira Salazar, que tem proferido discursos contra o ministro Alexandre de Moraes, se manifestou depois de o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciar a revogação do visto norte-americano do magistrado. De acordo com a parlamentar, isso “é só o começo”. “Agora precisamos de total responsabilização”.
Deputada dos Estados Unidos chamou Moraes de “operador totalitário”
Em maio do ano passado, María Elvira afirmou que Moraes “é um operador totalitário”. A deputada também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A republicana chamou o chefe do Executivo brasileiro de “condenado por corrupção”. A declaração ocorreu durante a audiência na Câmara dos Representantes sobre a liberdade de expressão no Brasil.
Depois de ser aplaudida, María Elvira prosseguiu e disse que não havia motivos para celebração. “Coitados dos brasileiros, eles merecem muito mais”, afirmou. “É o país mais importante, do ponto de vista econômico, para a América Latina. O Brasil merece algo melhor do que isso.”
“Caça às bruxas” no Brasil
Recentemente, a parlamentar norte-americana se manifestou sobre a perseguição feita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela endossou uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No começo deste mês, o republicano afirmou que havia uma “caça às bruxas” no Brasil e que Bolsonaro sofre intensa perseguição.
Na última sexta-feira, 18, o governo dos Estados Unidos cancelou o visto de Moraes. Em mensagem publicada nas redes sociais, Rubio informou que a medida contra o magistrado foi adotada com o aval de Trump. De acordo com o secretário de Estado, o chefe da Casa Branca já havia deixado claro que “vai punir estrangeiros responsáveis pela censura de expressão”.
