Enquanto Ursula von der Leyen busca apoio para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia, o Partido Popular Europeu (PPE) não pretende ampliar sua aliança com os Socialistas e Democratas (S&D) e o grupo liberal Renew. No entanto, poderá necessitar do apoio dos Verdes ou da direita.
Um membro sênior do PPE afirmou à Euronews que os Verdes não serão formalmente integrados na plataforma. “Não haverá qualquer integração formal dos Verdes”, disse a fonte, destacando que essa possibilidade está descartada.
Esta posição foi reforçada por um porta-voz do grupo de centro-direita, que afirmou: “Temos uma coligação com o Renew e os sociais-democratas. Cabe a von der Leyen negociar apoios além dessa coligação. Se ela quiser negociar com os Verdes ou com o ECR, isso é com ela, não conosco.”
Embora se use frequentemente o termo “coligação”, a cooperação entre os três maiores grupos parlamentares não é formalmente uma coligação desde que a histórica grande coligação entre S&D e PPE terminou em 2019. O aumento do apoio aos Verdes, liberais e populistas eurocéticos reduziu o poder relativo desta antiga aliança.
Von der Leyen tem buscado apoio entre os Verdes, mas enfrenta resistência devido às preocupações com alianças potenciais com a direita. Os Verdes insistem que a presidente da Comissão não pode depender apenas dos grandes partidos centristas para garantir seu segundo mandato.
A votação de confirmação, que ocorrerá nas sessões plenárias de 16 a 19 de julho, será secreta. Na conferência dos presidentes, Von der Leyen discutiu suas opções com os líderes parlamentares, enquanto os Verdes alertaram que seu apoio poderia ser comprometido se ela buscasse alianças com grupos de direita como o ECR ou partidos como o Irmãos de Itália.
O PPE e os outros grupos estão atualmente negociando prioridades políticas antes da votação, com Von der Leyen ainda finalizando as orientações para sua próxima Comissão.
