O presidente do mercado de seguros comerciais Lloyd’s of London, Bruce Carnegie-Brown, alertou nesta quinta-feira (28), que o colapso da ponte Francis Scott Key, em Baltimore, provavelmente resultará em perdas multibilionárias para o setor de seguros.
O incidente ocorreu quando o navio porta-contêineres Dali, registrado em Cingapura, perdeu potência e capacidade de manobra, colidindo com um poste de suporte da ponte. Como resultado, grande parte da estrutura da ponte desabou no rio Patapsco, obstruindo rotas marítimas e forçando o fechamento indefinido do movimentado porto de Baltimore, na costa leste dos EUA.
Estima-se que os prejuízos segurados possam chegar a até US$ 4 bilhões, conforme a Morningstar DBRS. Carnegie-Brown afirmou à Reuters que era cedo para calcular a perda total do seguro, porém expressou que ficaria surpreso se não resultasse em uma perda multibilionária, destacando a possibilidade de este evento se tornar o maior sinistro individual de seguro marítimo da história.
O Lloyd’s, composto por mais de 50 firmas-membro, opera nos mercados de seguros marítimos e patrimoniais, que enfrentarão grandes reivindicações devido aos danos na ponte e à interrupção das atividades portuárias.
Em relação às reservas, Carnegie-Brown revelou que a seguradora alocou 1,6 bilhão de libras nos últimos dois anos para enfrentar disputas de reivindicações de aviação, particularmente relacionadas aos aviões retidos na Rússia após a invasão da Ucrânia.
O Lloyd’s registrou um lucro antes de impostos de 10,7 bilhões de libras em 2023, impulsionado pelo forte desempenho na subscrição e nos investimentos.