Apesar de não estar mais no governo, o partido conservador Lei e Justiça (PiS), que liderou a Polônia de 2015 a 2023, saiu vitorioso nas eleições municipais, mantendo sua influência política. Enquanto isso, a Coligação Cívica liderada pelo atual primeiro-ministro Donald Tusk ficou em segundo lugar.
O partido Lei e Justiça (PiS), que governou a Polônia de 2015 a 2023, demonstrou sua continuidade como uma força política significativa no país, emergindo como vencedor das eleições municipais.
As eleições municipais na Polônia representaram um teste para o novo governo formado em dezembro do ano passado, sob a liderança de Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu. A Coligação Cívica de Tusk ficou em segundo lugar, embora tenha conquistado vitórias nas grandes cidades, demonstrando um leve aumento em comparação com as eleições anteriores em outubro.
O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, evitou um segundo turno ao conquistar quase 60% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna citadas pela Associated Press. Outro aliado de Tusk, o prefeito de Gdansk, também saiu vitorioso.
Estas eleições locais serviram como um indicador político para as eleições parlamentares europeias. Para muitos poloneses, todas as eleições estão interligadas aos assuntos europeus e influenciam as eleições domésticas.
“Sempre voto naqueles que reconhecem nossa pertença à Europa”, disse um eleitor polonês.
“Me considero cidadão da Polônia e da União Europeia”, declarou outro eleitor.
No entanto, alguns eurocéticos aproveitaram as eleições municipais para enviar mensagens a Bruxelas.
“Enviei uma espécie de mensagem de alerta, um ‘PARE’, simplesmente. Sim, estamos na União Europeia, mas precisamos lembrar que o Brexit aconteceu”, disse um eleitor polonês com reservas sobre a UE.
De acordo com uma pesquisa IPSOS para a Euronews, os partidos de extrema-direita estão ganhando força na Europa, e a Polônia pode ser um contrapeso a essas tendências.
“É crucial iniciar a campanha para estas eleições [europeias] o mais rápido possível – primeiro, uma campanha de informação para mostrar o que a Polônia realmente ganha com sua participação na UE”, enfatizou Malgorzata Molęda-Zdziech, professora da Escola de Economia de Varsóvia.
“Acredito que os poloneses estão esquecendo questões básicas relacionadas à qualidade da democracia – foi graças à pressão das instituições da UE que a erosão do Estado de direito na Polônia não foi aceita”, acrescentou.
Após o recorde de participação nas eleições de 23 de outubro, parece que a motivação diminuiu, tornando um desafio mobilizar os poloneses para as próximas eleições europeias.