Governos intensificam operações e adotam vigilância extra depois de alerta sobre fuga de narcotraficantes
Os governos do Paraguai e do Uruguai ampliaram a presença policial na fronteira com o Brasil. A decisão responde ao risco de entrada de criminosos ligados a facções, como o Comando Vermelho.
Segundo o Conselho Nacional de Segurança do Paraguai, equipes intensificaram as abordagens em estradas da região leste do país desde a manhã desta quinta-feira, 30. O órgão confirmou a adoção de medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a faixa de fronteira.
O governo também iniciou ações de inteligência para identificar possíveis tentativas de fuga de membros da facção. A prioridade, segundo o comunicado, é impedir a entrada de foragidos da Justiça brasileira.
No Uruguai, o Ministério do Interior informou que “monitora atentamente” a fronteira norte e que “atuará em consequência” dos ocorridos no Rio de Janeiro.
As forças de segurança buscam rastrear rotas utilizadas por criminosos para escapar da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A operação policial, considerada a maior da história do Estado, deixou 121 mortos e prendeu mais de cem criminosos.
_Comunicado del Consejo de Defensa Nacional _pic.twitter.com/Sh0YN8316f
— Vocería de Gobierno del Paraguay (@voceriaparaguay)October 30, 2025
Argentina declara alerta máximo na fronteira contra facções brasileiras
Nesta quarta-feira, 29, a Argentina também anunciou medidas de contenção. A ministra da Segurança Pública, Patricia Bullrich, declarou “alerta máximo” na fronteira. Nesse sentido, o governo de Javier Milei classificou o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital como organizações narcoterroristas.
Como resultado, a Argentina passará a aplicar controles mais rígidos contra brasileiros nas áreas de fronteira. O objetivo é evitar que criminosos atravessem o território em busca de refúgio ou apoio logístico.