Durante o debate entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris, as principais manchetes da mídia tradicional apresentaram um cenário em que Harris era descrita como agressiva e Trump estava na defensiva, sem mencionar a crescente crítica aos moderadores da ABC, David Muir e Linsey Davis.
Desde o início, os moderadores interromperam Trump para “checar os fatos” sobre temas variados, como crimes violentos e aborto. Conservadores alegaram que havia um viés contra Trump, enquanto veículos como CNN, NBC e The New York Times focaram em destacar a postura ofensiva de Harris.
A manchete da CNN para a segunda metade do debate foi: “Harris coloca Trump na defesa”. O New York Times teve uma manchete semelhante: “Harris coloca Trump na defesa em debate acirrado”. A NBC News optou por: “Trump espalha teorias da conspiração, Harris ataca em 6 de janeiro no debate”.
CNN destacou que Trump defendeu os manifestantes de 6 de janeiro e se recusou a aceitar a derrota na eleição de 2020, além de reiterar uma teoria da conspiração. O New York Times observou a frustração de Trump quando os tópicos abordaram 6 de janeiro e a guerra na Ucrânia, e notou que Harris desestabilizou Trump com ataques sobre aborto, imigração e suas relações com ditadores.
Muitos conservadores nas redes sociais observaram que Trump foi forçado a se defender contra alegações de Harris e “checagens de fatos” pelos moderadores da ABC. Muir interrompeu Trump ao discutir alegações de migrantes haitianos em Ohio e ao comentar estatísticas de crimes violentos. Davis também interrompeu Trump quando ele mencionou abortos pós-nascimento, desmentindo sua afirmação com base na legislação em Minnesota, conforme relatado pelo Just The News.
O editor emérito do Daily Wire, Ben Shapiro, comentou: “Os moderadores são a história da noite. E não é uma boa história”. A comentarista política Megyn Kelly acrescentou: “A pressão contra Trump é tão grande e tão óbvia que isso pode acabar se voltando contra eles.”