Os Estados Unidos estão exercendo pressão sobre o Hamas para aceitar um acordo de cessar-fogo, ao mesmo tempo em que retomam as entregas de ajuda a Gaza por meio de lançamentos aéreos. A Força Aérea americana, em cooperação com a Jordânia, realizou mais um lançamento de alimentos sobre o norte da Faixa de Gaza, totalizando 36.800 refeições nesta terça-feira. Essa ação é uma resposta à situação de isolamento que a região enfrenta devido à presença das forças israelitas nos últimos meses.
Segundo a Casa Branca, este é o segundo lançamento aéreo dos Estados Unidos desde o último sábado, contando com a participação da França, Egito e Emirados Árabes Unidos. No entanto, o Programa Alimentar Mundial acusa Israel de bloquear a entrada de 14 caminhões de ajuda humanitária no norte de Gaza, o que tem dificultado a distribuição de auxílio alimentar. Grupos de ajuda humanitária enfrentam desafios de coordenação com o exército israelense, além do colapso da lei e da ordem na região.
Na semana passada, mais de 100 palestinos foram mortos em meio a ataques israelenses enquanto aguardavam a distribuição de alimentos. As equipes de distribuição de ajuda destacam que os lançamentos aéreos são uma medida dispendiosa e de último recurso, incapaz de substituir as entregas por terra. Elas também solicitaram um cessar-fogo humanitário e a abertura das passagens terrestres para o norte de Gaza.
Segundo a ONU, aproximadamente um quarto dos mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza enfrenta fome. O exército israelita afirma não impor limites à quantidade de ajuda humanitária que entra no território.
Quanto ao acordo de cessar-fogo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, renovou a pressão sobre o Hamas, instando-os a “dar um passo em frente” e aceitar o acordo que está em negociação. Kirby enfatizou a busca por um cessar-fogo temporário de aproximadamente seis semanas, visando obter mais ajuda e reunir reféns com suas famílias para reduzir a violência. Ele afirmou que Israel está cooperando e negociando de boa fé nesse processo.