Cuba fechou escolas e ordenou que trabalhadores não essenciais fiquem em casa na sexta-feira, já que sua rede elétrica falhou após a falha de uma grande usina de energia, causando apagões generalizados na ilha assolada pela crise.
Apenas seis das 15 usinas elétricas a óleo do país estão em operação, de acordo com relatórios do governo, e uma terrível escassez de combustível tornou impossível operar grupos menores de geradores a diesel que normalmente fazem o backup do sistema.
A situação prejudicou o precário sistema elétrico da ilha e levou aos maiores apagões desde que vários colapsos na rede elétrica nacional no final do ano passado deixaram toda a nação de 10 milhões de pessoas no escuro, provocando protestos e distúrbios dispersos.
A queda nas importações de petróleo da Venezuela, Rússia e México no ano passado levou as obsoletas e problemáticas usinas de energia a petróleo da ilha a uma crise total.
O governo disse na noite de quinta-feira que “suspenderia… atividades de ensino e trabalho que não sejam essenciais nas condições atuais”.
Os serviços básicos permaneceriam, disse o governo.
Moradores da capital Havana, normalmente protegidos pelo governo do pior dos apagões, relataram interrupções que variaram de seis a 10 horas esta semana. Cidades provinciais e cidades menores no interior relataram interrupções de até 20 horas por dia.
Os apagões aumentam a ansiedade em uma população já estressada pela escassez generalizada de alimentos, combustível e remédios. Mais de um milhão de cubanos deixaram a ilha desde a pandemia da COVID-19, pressionados por condições em rápida deterioração.
Cuba culpa o embargo comercial dos EUA e as duras sanções implementadas pelo governo Trump pelas dificuldades em manter sua rede elétrica e adquirir combustível e peças de reposição, uma situação que muitos na ilha acreditam que só vai piorar.
No mês passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, reverteu medidas de última hora tomadas por seu antecessor, Joe Biden, para aliviar as sanções contra Cuba.