A Argentina e o Uruguai expressaram condenação pelas recentes prisões de membros do partido Vente Venezuela, liderado pela opositora María Corina Machado, enquanto o Paraguai lamentou os acontecimentos e a Colômbia manifestou preocupação. O Brasil, até o momento, permanece em silêncio.
De acordo com o Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, dirigentes do partido de Machado estariam envolvidos em supostas conspirações e planos para promover a violência no país. Sete integrantes do partido foram presos e há mais sete mandados de prisão expedidos contra partidários.
O Ministério das Relações Exteriores do Uruguai afirmou que os acontecimentos confirmam a deterioração progressiva da situação política na Venezuela, corroborando o distanciamento definitivo do Acordo de Barbados pelo governo venezuelano. O acordo, assinado entre o governo venezuelano e a oposição, visava à realização das eleições presidenciais.
O Uruguai também se uniu ao apelo da comunidade democrática internacional pela libertação imediata de todos os presos por motivos políticos. A Argentina, por sua vez, condenou firmemente a situação e expressou completo repúdio às prisões dos coordenadores do partido de Machado, Henry Alviarez e Dignora Hernández, assim como à ordem de prisão contra outros dirigentes do partido.
O Paraguai lamentou a prisão arbitrária dos membros do partido e se uniu às vozes que pedem a rápida libertação dos dirigentes presos e o fim da perseguição política. A Colômbia manifestou preocupação pelos efeitos dos recentes acontecimentos nas eleições venezuelanas.
María Corina Machado convocou uma coletiva de imprensa de urgência, classificando o dia das prisões como “o dia da infâmia” e alertando sobre o êxodo em massa caso Nicolás Maduro permaneça no poder. O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre as novas prisões dos membros do partido de Machado.