O ministro da Defesa ucraniano participou de uma videoconferência com seu homólogo francês durante o lançamento, em Paris, de uma “coligação de artilharia” contra a Rússia.
À medida que a invasão russa se aproxima do terceiro ano e diante do insucesso da ofensiva ucraniana, os aliados de Kiev intensificam a mobilização.
A França acaba de anunciar a formação de uma coligação para garantir apoio militar à Ucrânia, além de revelar mais entregas de seu sistema de artilharia Caesar e acelerar a produção de armas.
Dois dias atrás, o presidente francês delineou planos para fornecer mísseis e bombas à Ucrânia, declarando: “Não podemos permitir que a Rússia vença”, conforme expresso por Emmanuel Macron.
O ministro da Defesa ucraniano cancelou sua visita à França, inicialmente marcada para esta quinta-feira, citando “razões de segurança”. Durante a videoconferência com seu homólogo francês, Rustem Umerov solicitou mais artilharia.
“A realidade desta guerra é que a Rússia nos supera significativamente em número nos ataques diários de artilharia. (…) A escassez de munições, a falta de cartuchos, é um problema muito real e urgente enfrentado atualmente por nossas forças armadas. Devemos encontrar uma maneira de resolver isso em conjunto. Aumentar nossa capacidade de artilharia fortalecerá nossa segurança”, afirmou Rustem Umerov.
Por sua vez, o ministro francês da Defesa, Sebastien Lecornu, destacou a importância da ligação direta entre “as indústrias de defesa norte-americanas e europeias e o exército ucraniano”.
A partir do final deste mês, a França fornecerá à Ucrânia 3.000 cartuchos por mês para seus canhões de 155 mm, em comparação com os 1.000 cartuchos anunciados em abril de 2023, conforme divulgado por Lecornu.