O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora dos EUA, Lynne Tracy, na segunda-feira, em resposta ao ataque com mísseis ocorrido no domingo na Crimeia, onde quatro pessoas, incluindo duas crianças, perderam a vida.
Durante a reunião, Tracy foi informada de que Washington “compartilha responsabilidade igual ao regime de Kiev por esta atrocidade”, conforme declarado pelo Ministério das Relações Exteriores russo, que também alertou sobre possíveis consequências.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, condenou o ataque a Sebastopol como “bárbaro” e acusou os Estados Unidos de “matar crianças russas”. Ele acrescentou que o envolvimento direto dos EUA neste incidente, que resultou na morte de civis russos, não passará impune, embora tenha deixado claro que o tipo de ação que será tomada ainda não está definido.
Segundo a Rússia, os ataques de domingo em Sebastopol foram realizados com mísseis ATACMS fornecidos pelos EUA, sendo que quatro deles foram interceptados com sucesso. A explosão da ogiva de fragmentação do quinto míssil é apontada como a causa das vítimas.
A Crimeia foi ocupada pela Rússia em 2014 e subsequentemente anexada, em uma ação considerada ilegal pela comunidade internacional e não reconhecida.
Em resposta, o chefe do gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, afirmou no Telegram na segunda-feira: “A Crimeia é a Ucrânia. A Rússia deve sair da península. Seu exército e instalações militares não têm lugar lá.”