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sábado, 5 outubro, 2024
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Confronto diplomático: EUA acusam Venezuela de violações graves após anúncio de eleições

Por Marina B.

Nesta última quinta-feira (7), os Estados Unidos acusaram o governo venezuelano de não cumprir importantes compromissos que resultaram na suspensão parcial das sanções norte-americanas no ano passado, apesar do anúncio recente de uma eleição presidencial para 28 de julho.

Brian Nichols, secretário de Estado adjunto dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, fez essas declarações durante uma palestra em Washington, afirmando que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tomou uma série de medidas na “direção errada”. Estas incluem a manutenção da proibição eleitoral de Maria Corina Machado, principal candidata da oposição, e a detenção de dezenas de ativistas oposicionistas.

Washington prometeu reimpor sanções ao crucial setor energético do país membro da OPEP até meados de abril, a menos que Machado seja autorizada a concorrer e Maduro cumpra outras promessas feitas num acordo com a oposição em Barbados, em outubro.

“Os prazos são apertados e não queremos pré-julgar como as coisas vão acabar, mas a direção da viagem (do governo de Maduro) é profundamente preocupante”, afirmou Nichols.

“Estamos buscando trabalhar com os atores democráticos na Venezuela e com nossos parceiros em toda a região para determinar como responderemos”, acrescentou.

Machado, uma engenheira industrial de 56 anos que venceu de forma esmagadora as primárias da oposição em outubro, rejeitou a possibilidade de um candidato substituto, argumentando que sua proibição foi planejada pelo governo de Maduro para protegê-lo de um adversário viável. A proibição foi mantida em um momento em que Maduro enfrenta o declínio do apoio entre a base tradicional de seu partido socialista.

O anúncio da data das eleições na terça-feira (5), marcou o cumprimento parcial da promessa de Maduro de realizar eleições no segundo semestre de 2024, mas também prometeu que o escrutínio seria competitivo e monitorado internacionalmente, e que os presos políticos seriam libertados.

“Está muito claro que o lado de Maduro não está cumprindo os compromissos assumidos no acordo de Barbados”, afirmou Nichols durante a conferência patrocinada pela Sociedade das Américas/Conselho das Américas.

“Temos que deixar bem claro que os incentivos que nós e eu pensamos que outros na comunidade internacional colocamos sobre a mesa para avançar em direção a eleições competitivas na Venezuela não foram suficientes para motivar as reformas e a abertura que o lado de Maduro acredita que colocaria seu governo ou sua administração em risco.”

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