Uma pesquisa revelou que um número crescente de empresas alemãs, está considerando o Japão como uma opção estável para produção na Ásia, diante das incertezas comerciais envolvendo Pequim e as tensões geopolíticas.
De acordo com o estudo conduzido pela Câmara Alemã de Comércio e Indústria no Japão (AHK) e pela empresa de contabilidade KPMG, aproximadamente 38% das empresas alemãs estão transferindo suas fábricas da China para o Japão. Além disso, 23% delas também planejam realocar suas funções de gerenciamento regional. A estabilidade econômica, política e social do Japão foi apontada como o principal motivo para essa mudança.
Esses resultados refletem a conclusão de outro estudo realizado pela Organização de Comércio Exterior do Japão, que destacou o país asiático como uma escolha atrativa para empresas estrangeiras que buscam evitar incertezas geopolíticas, comerciais e financeiras.
Martin Schulz, economista da Fujitsu, ressaltou que as empresas alemãs estão reconsiderando sua dependência da China devido a questões políticas e geopolíticas crescentes, como preocupações com restrições comerciais entre a China e os Estados Unidos. Transferir a produção para o Japão é visto como uma forma de reduzir o risco de envolvimento em uma guerra comercial.
Além disso, o Japão oferece estabilidade política e econômica, uma força de trabalho qualificada, uma infraestrutura avançada e uma proteção legal da propriedade intelectual. Os custos de operação no Japão são competitivos em comparação com a China, tornando o país uma escolha atraente para empresas alemãs.
A pesquisa destacou que as empresas veem o Japão como um destino ideal para funções de gerenciamento regional devido às suas conexões globais, ambiente político estável e condições de vida atrativas para os funcionários. Essa tendência sugere uma mudança significativa na estratégia de investimento das empresas alemãs na Ásia.