Embarcações foram enviadas com o objetivo de interceptar rotas de drogas em direção ao território americano
Navios de guerra dos Estados Unidos, equipados com tecnologia avançada, foram enviados para o litoral da Venezuela com o objetivo de combater o tráfico de drogas que parte da América do Sul rumo ao território norte-americano.
As embarcações USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, todas destróiers da classe Arleigh Burke, contam com o sistema de combate Aegis e abrigam mais de 4 mil militares, conforme informações divulgadas pela Reuters e pela AP.
O deslocamento dos navios para o sul do Caribe começou na segunda-feira 18, e está previsto para durar aproximadamente 36 horas.
A localização exata e o ponto final das embarcações não foram divulgados até o momento. Os destróiers são capazes de realizar múltiplas missões militares, incluindo ataques contra aeronaves, submarinos e alvos em terra, além de possuírem recursos para defesa contra armas químicas, biológicas e nucleares.
Capacidades e tecnologia dos navios destróiers
Projetados nos anos 1990, os destróiers da classe Arleigh Burke foram os primeiros a integrar o sistema Aegis, inicialmente desenvolvido para navios maiores chamados cruzadores. Uma das grandes inovações foi a adoção de um sistema de lançamento vertical que permite disparar mísseis Tomahawk de longo alcance.
O monitoramento das ameaças é feito pelo radar AN/SPY-1, um sistema de escaneamento eletrônico passivo capaz de controlar até cem alvos em um raio superior a 190 km. Essas embarcações também possuem dois hangares para helicópteros MH-60 Seahawk, desenvolvidos especialmente para a Marinha dos EUA.
Embora não acomodem permanentemente esses helicópteros, os destróiers podem ampliar suas missões com o apoio aéreo, realizando abastecimento, buscas, resgates e evacuações de pessoal. Entre as proteções, destacam-se sistemas de filtragem de ar e descontaminação, além de compartimentos pressurizados e defesa contra pulsos eletromagnéticos.
Ações dos Estados Unidos contra Maduro
No dia 7, os Estados Unidos anunciaram uma recompensa de até US$ 50 milhões, cerca de R$ 270 milhões, para quem fornecer informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro. Segundo a procuradora-geral Pam Bondi, “Maduro é um dos maiores narcotraficantes do mundo” e ameaça a segurança nacional dos EUA.
Desde março de 2020, durante o governo de Donald Trump, Maduro é formalmente acusado de narcoterrorismo pelas autoridades americanas, que já ofereciam US$ 15 milhões, cerca de R$ 75 milhões, por informações sobre o líder venezuelano.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, na terça-feira 19, que Donald Trump tem “intenções claras e consistentes” em relação à Venezuela. O republicano pretende utilizar todos os recursos norte-americanos para impedir a entrada de drogas no país e responsabilizar os envolvidos
“O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. Trata-se de um cartel narcoterrorista”, afirmou Karoline, em coletiva de imprensa. “Para esta administração, ele não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo, chefe desse cartel, já indiciado nos Estados Unidos por tráfico de drogas para o país.”