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domingo, 29 setembro, 2024
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Comissão Europeia contradiz Macron sobre negociações com o Mercosul

Por Marina B.

A Comissão Europeia reafirmou seu compromisso na terça-feira (30), em buscar maneiras de finalizar o acordo de livre comércio com o Mercosul, mesmo após o governo francês declarar que não há entendimento e que a União Europeia (UE) estaria encerrando as negociações.

Eric Mamer, porta-voz da Comissão, enfatizou que a UE está avançando para alcançar um acordo que respeite metas de sustentabilidade e preocupações, especialmente no setor agrícola. Ele afirmou que as negociações comerciais com os parceiros do Mercosul estão em andamento e que o acordo é uma prioridade para a Comissão Europeia.

Um conselheiro presidencial francês, no entanto, afirmou na segunda-feira que a UE considerou impossível chegar a um acordo nas condições atuais, e as negociações foram interrompidas devido à posição de Paris.

O porta-voz da Comissão confirmou que o presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, permaneceram em contato, mas não comentaram sobre a conversa. As autoridades francesas indicaram que Macron discutirá a questão com Von der Leyen em uma cúpula da UE em Bruxelas na quinta-feira.

O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, responsável pelo comércio, estava preparado para viajar à América Latina se um acordo fosse possível. No entanto, com base nas últimas reuniões, não parece ser o caso no momento, disse o porta-voz.

O acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul foi acordado em 2019 após 20 anos de negociações. Para ser ratificado, precisa do aval de todos os países do Mercosul e todos os Estados-membros da União Europeia.

A França expressou repetidamente reservas sobre o acordo, destacando a oposição dos agricultores à importação de alimentos mais baratos, principalmente carne bovina, que não atendem aos rigorosos padrões ambientais da UE. A preocupação com o impacto nos preços dos produtos agrícolas e a concorrência com os exportadores sul-americanos têm gerado protestos em vários países da UE, incluindo Polônia, Alemanha e Bélgica.

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