A gigante imobiliária chinesa, China Evergrande, encerra os esforços para reestruturar bilhões de dólares em dívidas nos Estados Unidos, em meio à decisão de liquidação determinada pela Justiça de Hong Kong quase dois meses atrás.
Em um comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong no domingo (24), a Evergrande anunciou o cancelamento dos pedidos de reestruturação de dívida externa apresentados a um tribunal dos EUA. Da mesma forma, duas de suas principais unidades de financiamento externo também seguiram o mesmo caminho.
A decisão marca o fim de uma tentativa que começou em agosto do ano passado, quando a Evergrande e suas subsidiárias buscaram reestruturar mais de US$ 19 bilhões em dívidas externas sob o Capítulo 15 da lei de falências dos EUA.
Em janeiro, um tribunal em Hong Kong ordenou a liquidação da Evergrande.
A empresa afirmou que os liquidatários estão concentrados em preservar e devolver valor aos credores e partes interessadas, mantendo abertas todas as opções para futuras considerações. Isso inclui a possibilidade de fazer novos pedidos com base no Capítulo 15.
A Evergrande, que enfrenta uma dívida acumulada de mais de US$ 300 bilhões, entrou em default em 2021, desencadeando uma crise no setor imobiliário chinês. Na semana passada, uma de suas principais subsidiárias, a Hengda Real Estate, enfrentou a perspectiva de uma multa superior a US$ 500 milhões após revelações de práticas fraudulentas relacionadas a vendas e lucros inflados nos anos anteriores ao colapso do grupo.