Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram na segunda-feira (25), sanções contra uma empresa e duas pessoas associadas ao governo chinês devido a uma série de atividades cibernéticas maliciosas direcionadas ao órgão de controle eleitoral do Reino Unido e a legisladores de ambos os países.
Autoridades afirmam que as pessoas sancionadas são responsáveis por atos de pirataria informática, que podem ter resultado no acesso a informações sobre dezenas de milhões de eleitores do Reino Unido detidas pela Comissão Eleitoral. Elas também são acusadas de ciberespionagem direcionada a legisladores que têm expressado preocupações sobre as ameaças provenientes da China.
Oliver Dowden, vice-primeiro-ministro do Reino Unido, declarou: “Posso confirmar que entidades afiliadas ao Estado chinês conduziram duas campanhas cibernéticas maliciosas visando nossas instituições democráticas e nossos parlamentares. Vários de nossos parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos, emitirão declarações semelhantes para expor essa atividade e responsabilizar a China por padrões contínuos de atividades hostis direcionadas às nossas democracias coletivas”.
Dowden explicou que o Reino Unido impôs sanções a dois indivíduos e a uma entidade associada ao grupo APT31, afiliado ao Estado chinês. Na segunda-feira (25), o ex-líder do Partido Conservador britânico, Iain Duncan Smith, instou o governo a classificar a China como “uma ameaça” em vez de um “desafio”.
Ambos são membros da Aliança Interparlamentar sobre a China, um grupo de pressão internacional que busca combater a crescente influência de Pequim e denuncia alegados abusos de direitos pelo governo chinês.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que os países devem fundamentar suas alegações em evidências e não devem “difamar” outros sem base factual.