O exército chinês reiterou, em uma reunião com representantes da Defesa dos Estados Unidos em Washington, sua firme posição de não ceder ou fazer concessões a respeito de Taiwan. Durante o encontro da Mesa de Diálogo de Coordenação da Política de Defesa China-EUA, o general Song Yanchao afirmou categoricamente a posição chinesa, exigindo o respeito ao princípio de ‘Uma só China’ por parte de Washington e a interrupção do fornecimento de armas para Taiwan.
Pequim reivindica Taiwan como parte de seu território, apesar de suas operações políticas independentes e da iminente realização de eleições presidenciais no sábado. Song instou os Estados Unidos a não apoiarem a independência de Taiwan e a reduzirem suas atividades militares e provocações no Mar do Sul da China, conforme comunicado pelo Ministério da Defesa chinês.
Além disso, a China expressou disposição em estabelecer uma relação militar sólida e estável com os Estados Unidos, baseada na igualdade e respeito, mas enfatizou que Washington precisa levar a sério as preocupações chinesas.
Em resposta, Michael Chase destacou a importância da comunicação militar para evitar conflitos decorrentes da competição entre os países. O Departamento de Defesa dos EUA ressaltou a importância da segurança no Indo-Pacífico e reiterou o compromisso dos Estados Unidos com seus aliados na região.
Sobre as questões no Mar do Sul da China, Chase enfatizou o respeito à liberdade de navegação e criticou o assédio das embarcações filipinas pela China naquela área. Em relação a Taiwan, reafirmou o compromisso dos EUA com o princípio de ‘Uma só China’ e a importância da paz e estabilidade no Estreito da Formosa.
O diálogo militar entre China e EUA foi retomado em dezembro após um hiato, causado pela visita de Nancy Pelosi, então Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan em agosto de 2022, um evento que indignou as autoridades chinesas.
Em dezembro, representantes militares chineses e norte-americanos realizaram uma videoconferência, na qual o representante chinês reiterou a posição de que Taiwan é uma questão interna da China, sem espaço para interferência externa.
Os presidentes Xi Jinping e Joe Biden concordaram com a retomada das conversações militares em novembro, durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em São Francisco.
Recentemente, a China anunciou sanções contra cinco empresas norte-americanas por venderem armas a Taiwan, advertindo sobre medidas mais severas se continuarem. A questão de Taiwan permanece como um dos principais pontos de discórdia entre Pequim e Washington, dado o fornecimento de armamentos de defesa por parte dos EUA e sua potencial aliança em caso de uma eventual invasão chinesa.