Nos dias 15 e 16 de junho, a Suíça sediará uma cúpula de paz com o intuito de obter apoio internacional para encerrar o conflito na Ucrânia. O evento, solicitado pelo governo ucraniano, pretende “inspirar um futuro processo de paz”, embora o resultado permaneça incerto.
A base do encontro é um plano de dez pontos apresentado pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que busca a retirada total das tropas russas e estabelece os meios para alcançar “uma paz justa e duradoura”.
A Rússia optou por não participar do evento, afirmando não ter interesse. A ausência de ambos os lados do conflito levou países como Brasil e China a também manifestarem desinteresse em participar das discussões, segundo autoridades suíças.
O assessor especial da presidência brasileira, Celso Amorim, e o ministro chinês do Exterior, Wang Yi, assinaram uma declaração pedindo negociações “reconhecidas tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o apoio a um acordo de paz e à participação russa nas negociações.
Apesar de o Brasil e outros países emergentes não terem confirmado nem cancelado sua participação, a ausência de Lula é dada como certa. O evento contará com a presença de 90 estados e organizações e ocorrerá no complexo hoteleiro Bürgenstock, escolhido por questões de segurança.
Espera-se a presença do presidente francês, Emmanuel Macron, do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, e da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. O que será discutido inclui temas como segurança alimentar, energia nuclear e a libertação de prisioneiros de guerra.