Independentemente dos desdobramentos eleitorais na Venezuela, o Brasil se oporá à aplicação de novas sanções econômicas e comerciais dos Estados Unidos contra o país, informaram auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à CNN.
As chances de uma nova rodada de sanções, caso Nicolás Maduro insista em afirmar que venceu as eleições do último domingo (28), passaram a ser vistas em Brasília como mais prováveis após o Departamento de Estado dos EUA reconhecer o oposicionista Edmundo González Urrutia como vencedor do pleito.
Para o Palácio do Planalto e o Itamaraty, sanções contra a Venezuela tendem a agravar as dificuldades socioeconômicas do país e punir principalmente a população mais pobre, sem alcançar os efeitos políticos desejados.
Na avaliação do governo brasileiro, mesmo que o objetivo seja pressionar Maduro e seus aliados, as consequências práticas podem incluir um novo aumento da emigração venezuelana e um desarranjo ainda maior da economia.
Tradicionalmente, o Brasil é contra sanções unilaterais a qualquer país e defende que esse tipo de medida deve ser discutida no âmbito das Nações Unidas (ONU).