Finalmente, durante seu depoimento no inquérito de impeachment na quarta-feira (28), o primeiro filho, Hunter Biden, reconheceu que seu pai, Joe Biden, era a figura referida como “o grandalhão” em um e-mail sobre um acordo comercial com uma empresa estatal chinesa de energia, que gerou milhões para a família Biden e outros associados. Este esclarecimento ocorre mais de três anos após o Post ter inicialmente reportado essa história, porém, Hunter negou que seu pai tenha sido cotado para uma participação de 10%.
Essa é a primeira vez que Hunter, de 54 anos, admite que seu ex-parceiro de negócios, James Gilliar, estava se referindo a Joe Biden quando mencionou a possibilidade, em 13 de maio de 2017, de que o primeiro filho detivesse uma participação de 10% no lucrativo empreendimento conjunto envolvendo a CEFC China Energy.
Hunter afirmou aos investigadores que se tivesse visto o e-mail de Gilliar na época, “eu teria pegado o telefone e dito: ‘Você está louco'”.
Além disso, Hunter descreveu seu relacionamento financeiro com seu pai como o de “um filho normal [que] cuidaria de algo para seu pai ou seu pai cuidaria de algo para seu filho”, defendendo as ligações de seu pai durante conversas com parceiros de negócios.
Os democratas no painel repetiram as observações ao falar com os repórteres, enfatizando que não havia nada de “ilícito” em fazer isso, enquanto os republicanos expressaram ceticismo sobre a explicação de Hunter e sua experiência como empresário. O deputado Matt Gaetz (R-Flórida) zombou da explicação de Hunter, chamando-a de “suborno disfarçado de transação comercial internacional”.
