O conselho da Boeing (BA.N) deu início à busca por um novo líder para assumir o comando da problemática fabricante de aviões, após o turbulento mandato do CEO Dave Calhoun. Diante das pressões crescentes de companhias aéreas, reguladores e investidores, a empresa anunciou uma mudança mais ampla do que o esperado, com Calhoun, de 66 anos, deixando o cargo até o final do ano.
O novo CEO enfrentará uma série de desafios, incluindo a melhoria da cultura de segurança da empresa, o tratamento de questões de qualidade e a reconstrução da confiança dos reguladores, clientes e público em geral. Além disso, a Boeing terá que cumprir metas de aumento na produção e no fluxo de caixa, ao mesmo tempo em que tenta reduzir a dívida e recuperar terreno contra sua rival, a Airbus (AIR.PA).
Inicialmente, Stephanie Pope parecia ser uma candidata promissora para liderar a empresa, após sua nomeação como diretora de operações. No entanto, na segunda-feira (25), Pope foi nomeada chefe da divisão de aviões comerciais da Boeing, tornando menos provável uma mudança para o cargo mais importante por enquanto, segundo analistas.
Diversos nomes são cogitados como possíveis sucessores de Calhoun, incluindo Larry Culp, CEO da GE (GE.N), e Pat Shanahan, ex-executivo da Boeing e ex-secretário de defesa interino na administração Trump, que atualmente lidera a Spirit Aerosystems (SPR.N).
Outras opções incluem o ex-diretor financeiro da Boeing, Greg Smith, que agora preside a American Airlines (AAL.O), e o membro do conselho da Boeing, David Gitlin, embora não esteja claro se ele estaria disposto a renunciar ao cargo atual.
Enquanto a Boeing procura por um novo líder, sindicatos importantes da empresa defendem um retorno às raízes, com ênfase na liderança baseada em engenharia. A expectativa é que a empresa opte por uma mudança significativa para lidar com as questões de segurança e qualidade em meio a críticas generalizadas.