Na sexta-feira, o presidente Biden lançou críticas contra Vladimir Putin, presidente russo, acusando-o da suposta morte de Alexei Navalny, líder da oposição preso, antes de direcionar sua frustração ao Congresso por não aprovar um pacote de ajuda de US$ 60 bilhões para a Ucrânia.
“Não há dúvidas, Putin é responsável pela morte de Navalny. Putin é o responsável. O que ocorreu com Navalny é mais uma evidência da brutalidade de Putin”, declarou Biden na Casa Branca.
Biden destacou que o líder russo não apenas alveja cidadãos estrangeiros, como observado nos acontecimentos na Ucrânia, mas também comete atrocidades contra seu próprio povo.
“O povo na Rússia e ao redor do mundo estão de luto pela perda de Navalny porque ele representava muitas coisas que Putin não. Ele era corajoso, tinha princípios e dedicava-se a construir uma Rússia baseada no Estado de Direito”, expressou o presidente antes de partir para uma viagem à Palestina Oriental, em Ohio.
Embora tenha alertado em 2021 sobre consequências “devastadoras” para a Rússia caso Navalny morresse, Biden não especificou quais seriam essas penalidades.
Questionado sobre suas ameaças anteriores contra Putin, Biden explicou: “Isso foi há três anos. Desde então, eles enfrentaram diversas consequências”.
O presidente também direcionou críticas aos legisladores dos EUA, enfatizando a necessidade de financiamento para a Ucrânia em sua defesa contra os ataques de Putin.
“A história está observando a Câmara dos Deputados. O fracasso em apoiar a Ucrânia neste momento crucial não será esquecido”, alertou Biden.
Mike Johnson, presidente da Câmara, pediu uma reunião com Biden para discutir os objetivos dos EUA no conflito antes de decidir sobre a votação do auxílio aprovado pelo Senado para Kiev.
Biden expressou indignação com o recesso de duas semanas do Congresso, afirmando que isso alimenta a preocupação sobre a confiabilidade dos EUA como aliado.
“Essa inação vai ecoar nas páginas da história. Tem consequências”, advertiu Biden sobre a urgência de fornecer ajuda à Ucrânia.
“O tempo está passando. Precisamos agir agora. Devemos entender a seriedade da situação com Putin.”