Migrantes capturados cruzando ilegalmente a fronteira EUA-México, podem enfrentar dificuldades para obter asilo sob novas medidas anunciadas por Biden nesta terça-feira (4), em um esforço amplo de reforço da segurança fronteiriça.
As restrições, efetivas imediatamente, excluem exceções para crianças desacompanhadas, pessoas enfrentando graves ameaças médicas ou de segurança, e vítimas de tráfico. Elas serão ativadas quando a média diária de prisões na fronteira ultrapassar 2.500 por semana e suspensas quando as prisões caírem abaixo de 1.500 por dia.
Essas ações, de acordo com um alto funcionário norte-americano, visam a dissuadir significativamente a entrada ilegal na fronteira sul.
Embora não permanentes, essas medidas assemelham-se a políticas semelhantes implementadas por Trump e utilizam o estatuto legal 212(f), previamente empregado para proibições de viagem. Espera-se que gerem desafios legais, criticadas por grupos de imigrantes e direitos civis.
Biden tem lutado por um projeto de lei do Senado para reforçar a segurança fronteiriça, mas enfrenta resistência republicana. O número de migrantes detidos atravessando a fronteira tem diminuído nos últimos meses, parcialmente devido a um aumento da fiscalização mexicana.
As novas restrições podem pressionar o México, onde Claudia Sheinbaum foi eleita a primeira presidente mulher, a manter baixas as travessias ilegais de fronteira. López Obrador espera falar com Biden em breve para discutir a questão.
Em relação às novas medidas, migrantes que demonstrarem medo de retornar aos seus países serão examinados para outros tipos de proteção, mas poderão ser deportados se negados. A administração espera que isso fortaleça o sistema de asilo e evite solicitações ilegítimas.