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quinta-feira, 28 novembro, 2024
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Autoridades dos Estados Unidos indiciaram um alegado membro da máfia japonesa por tráfico de materiais nucleares

Por Marina B.

Segundo a acusação, Takeshi Ebisawa, de 60 anos, é acusado de tentar vender urânio e plutônio que ele acreditava serem destinados ao Irã, para a construção de uma bomba nuclear.

Ebisawa e um co-réu tailandês, já haviam sido indiciados em abril de 2022 por tráfico de armas e drogas. Ele pode enfrentar prisão perpétua.

Autoridades dos EUA afirmam que Ebisawa, atualmente detido em uma prisão no Brooklyn, Nova York, é uma figura proeminente da máfia japonesa, conhecida como Yakuza.

Os criminosos da Yakuza têm atividades em vários países, incluindo Sri Lanka, Mianmar, Tailândia e EUA.

O Departamento de Justiça dos EUA alega que Ebisawa e seus associado,s apresentaram amostras de materiais nucleares na Tailândia a um agente disfarçado da Agência Antidrogas dos EUA (DEA).

O agente, que se passava por traficante de drogas e armas com ligações a um general iraniano, foi apresentado às amostras nucleares, que foram apreendidas pelas autoridades tailandesas e transferidas para investigadores americanos. Um laboratório dos EUA confirmou que o material continha urânio e plutônio para uso militar.

Os promotores americanos também afirmam que Ebisawa tentou adquirir grandes quantidades de armas de uso militar em nome de um grupo rebelde não especificado em Mianmar, incluindo mísseis terra-ar, rifles de assalto e de precisão, metralhadoras, foguetes de vários calibres e uma variedade de equipamentos táticos.

O procurador-geral assistente Matthew G. Olden afirmou que é assustador imaginar o que poderia ter acontecido se esses esforços tivessem sido bem-sucedidos, e que o Departamento de Justiça responsabilizará aqueles que traficam esses materiais e ameaçam a segurança nacional dos EUA e a estabilidade internacional.

Ebisawa enfrenta uma série de acusações, incluindo conspiração para cometer tráfico internacional de materiais nucleares, conspiração para importação de narcóticos, conspiração para adquirir, transferir e possuir mísseis antiaéreos e lavagem de dinheiro.

O co-réu no caso, Somhop Singhasiri, um cidadão tailandês de 61 anos, enfrenta acusações de posse de drogas e armas. Ambos serão processados em um tribunal federal de Nova York, com audiência marcada para esta quinta-feira (22/2).

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