O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está “muito frustrado” com o rumo das relações comerciais com o Brasil. Em entrevista à emissora americana ABC, Hassett deixou claro que o aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros é uma resposta direta às ações do governo Lula (PT), especialmente em relação à política econômica e ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“As ações do Brasil chocaram o presidente, e ele deixou isso claro”, declarou Hassett. “Com o Brasil, a frustração foi específica.”
A nova tarifa entra em vigor em 1º de agosto e já é considerada a mais dura represália comercial da gestão Trump até aqui, atingindo setores estratégicos do agronegócio e da indústria brasileira. Para Hassett, a medida visa “estimular a produção interna americana” e proteger os interesses nacionais, que estariam sendo ameaçados pela conduta do governo brasileiro.
Lula perde aliados, Trump avança
A decisão de Trump tem sido celebrada por setores da direita americana e brasileira, que veem na medida um recado claro contra o autoritarismo judicial, a censura e o alinhamento ideológico de Lula ao Brics e a regimes autocráticos. O atual presidente brasileiro, cada vez mais isolado internacionalmente, tem colecionado derrotas diplomáticas e sofrido críticas até do setor produtivo nacional, que teme os efeitos da retaliação americana no emprego e no PIB.
Enquanto isso, Donald Trump tem se posicionado como defensor da liberdade e da democracia, criticando abertamente o STF brasileiro e exigindo respeito aos direitos de opositores políticos como Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro, por sua vez, tem recebido manifestações públicas de apoio do líder americano — uma parceria que fortalece os laços entre os dois maiores nomes da direita no continente.
“Tarifa é resposta à injustiça contra Bolsonaro”, diz assessor
Hassett não deixou dúvidas: o tratamento dado a Bolsonaro pesou na decisão de Trump. “Essas tarifas são resultado de frustrações acumuladas. O presidente vê as ações do Brasil como uma ameaça real à segurança nacional, especialmente por perseguirem um aliado nosso e violarem liberdades fundamentais”, afirmou.
Além disso, o assessor confirmou que Trump avalia propostas de novos acordos comerciais, mas quer ver mudanças no comportamento do governo brasileiro antes de avançar. “As conversas continuam, mas essas tarifas são reais se não houver um acordo à altura”, concluiu.
Enquanto o governo Lula insiste em retaliações e em ignorar o alerta norte-americano, Trump segue determinado a defender valores democráticos, parceiros estratégicos e a soberania dos EUA — postura elogiada por líderes empresariais e políticos alinhados à direita no Brasil e no mundo.
