As eleições legislativas deste domingo estão repletas de suspense enquanto as três principais forças políticas – Aliança Democrática, Partido Socialista e Chega – defendem visões divergentes para resolver os problemas nacionais. No período pré-eleitoral, questões econômicas como rendimentos e custo de vida dominaram as discussões, com 32,8% da conversa online centrada em economia e impostos. Com uma grande parcela de indecisos (cerca de 20%), os candidatos Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS), têm apelado ao voto útil para garantir a direção do país. As últimas sondagens apontam para uma liderança da AD, com 29,3% das intenções de voto, seguida pelo PS com 23,3% e o Chega com 15,6%. Mas quais são as diferenças fundamentais entre os programas dos partidos? Euronews analisou os documentos da AD, PS e Chega, destacando as principais medidas em economia, impostos, habitação, saúde e migrações.
Confira abaixo:
Economia
PS aposta na capacitação da Administração Pública e incentivos seletivos para setores promissores, enquanto AD defende a iniciativa privada e orientação dos Fundos Europeus para empresas. O Chega visa apoiar a internacionalização das empresas e reestruturar o Conselho Nacional da Indústria.
Impostos
PS propõe redução do IRS para classe média e redução de tributações autônomas.
AD planeja reduzir o IRS até ao 8º escalão e implementar uma “flat tax” no IRC.
O Chega propõe taxas marginais de IRS e uma “flat tax” no IRC.
Habitação
PS visa garantia pública nos créditos à habitação e revisão da fórmula de cálculo de atualização de rendas.
AD quer reduzir entraves à construção e injetar imóveis públicos no mercado.
O Chega foca-se na simplificação das burocracias e na criação de parcerias para disponibilizar terrenos do Estado.
Saúde
PS compromete-se com negociações com profissionais e criação de rede de atendimento permanente.
AD promete um “Plano de Emergência SNS 2024-2025” e médico de família para todos. O Chega quer novos modelos de gestão e plataforma digital comum no setor.
Migrações
PS promete agilizar processos de legalização e criar uma rede nacional de centros de acolhimento.
AD defende objetivos quantitativos para imigração e apoio ao regresso de emigrantes.
O Chega propõe quotas anuais de imigração e revogação do acordo de mobilidade da CPLP.