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Argentina surpreende com superávit após 14 anos: Milei transforma economia

Por Marina B.

A Argentina registrou, ao final de junho, pela primeira vez desde 2008, um semestre com superávit financeiro, além de um saldo fiscal primário positivo, impulsionados pelo severo plano de ajuste implementado pelo governo do presidente Javier Milei.

Fontes oficiais informaram nesta terça-feira (16) que a Argentina alcançou um superávit fiscal primário de 488,569 bilhões de pesos (R$ 2,8 bilhões) em junho. No mesmo mês do ano passado, o país havia registrado um déficit de 611,742 bilhões de pesos (R$ 3,5 bilhões).

O resultado financeiro, incluindo os pagamentos do serviço da dívida, também foi positivo em junho, somando 238,189 bilhões de pesos (R$ 1,3 bilhões), em contraste com o déficit de 708,603 bilhões de pesos (R$ 4,1 bilhões) do mesmo período anterior.

No primeiro semestre deste ano, a Argentina acumulou um superávit primário de 6,9 trilhões de pesos (R$ 40,5 bilhões), enquanto no mesmo período de 2023 havia registrado um déficit de 1,8 trilhão de pesos (R$ 10,5 bilhões).

O superávit financeiro acumulado no primeiro semestre foi de 2,57 trilhões de pesos (R$ 15,1 bilhões), em comparação com o saldo negativo de 3,1 trilhões de pesos (R$ 18,2 bilhões) do primeiro semestre de 2023.

Essa mudança de tendência é atribuída ao rigoroso plano de ajuste fiscal implementado por Milei desde sua posse em dezembro do ano passado.

“É a primeira vez desde 2008 que seis meses consecutivos de superávit financeiro foram alcançados”, afirmou o governo argentino.

Segundo dados oficiais, no primeiro semestre do ano o setor público nacional alcançou um superávit primário equivalente a 1,1% do PIB e um superávit financeiro correspondente a 0,4% do PIB.

O relatório indica que, no primeiro semestre do ano, as despesas primárias acumularam uma redução real de 32%. As maiores quedas ocorreram nas despesas de capital (-82% em relação ao ano anterior), nas transferências correntes discricionárias para as províncias (-75%) e em outras despesas correntes (-43%).

Os subsídios econômicos, incluindo os subsídios à energia, diminuíram 43% em termos reais em relação ao ano anterior, apesar das variações nas tarifas de energia elétrica e gás em junho, que não impactaram os números fiscais do mês.

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