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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Argentina despacha tropas para proteger dissidentes na Venezuela

Por Marina B.

O Governo argentino ordenou nesta quarta-feira (27) a transferência de pelo menos dois agentes da Gendarmaria Nacional para o território venezuelano com a missão específica de vigiar a Embaixada da Argentina em Caracas, onde se refugiam vários dissidentes próximos da líder da oposição María Corina Machado.

Essa decisão vem à tona após as autoridades argentinas relatarem que a Embaixada sofreu uma interrupção no fornecimento de energia elétrica, ocorrida após receber opositores nas horas que antecederam o encerramento das inscrições dos candidatos às eleições presidenciais do próximo mês de julho.

Conforme o plano estabelecido, um dos gendarmes permanecerá posicionado em frente à Embaixada da Argentina em Caracas, enquanto o outro será encarregado de monitorar a residência oficial do representante diplomático argentino. Atualmente, a segurança desta residência é assegurada por dois militares da Guarda Bolivariana.

A decisão foi tomada pela ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, a pedido da ministra dos Negócios Estrangeiros, Diana Mondino. No entanto, sua implementação ainda depende da aprovação do Governo venezuelano de Nicolás Maduro, de acordo com fontes da Presidência argentina, citadas pelo jornal ‘Clarín’.

Outra fonte consultada pelo jornal detalhou que durante o mandato do ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023), foi ordenada a retirada dos gendarmes destacados na sede diplomática argentina na Venezuela, como parte de uma estratégia de aproximação com o regime de Maduro.

As autoridades argentinas confirmaram que vários dissidentes venezuelanos estão atualmente refugiados em sua Embaixada em Caracas, em meio às crescentes tensões políticas no país, que em julho realizará eleições, nas quais a oposição denunciou não poder registrar seu candidato. María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição e foi apontada como candidata às eleições, foi desclassificada pela Justiça venezuelana. Em seu lugar, Corina Yoris foi escolhida como candidata dissidente, mas enfrentou dificuldades no processo de registro de candidatura.

Após denúncias da oposição de que o Governo de Maduro havia impedido a candidatura da Plataforma Unitária Democrática, a autoridade eleitoral confirmou que Eduardo González Urrutia se inscreveu como candidato à Mesa Redonda da Unidade Democrática, parte integrante do PUD, após uma prorrogação em resposta às alegações de irregularidades.

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