O governo da Argentina informou na quinta-feira que apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional contra a Venezuela pela detenção de um membro de sua gendarmaria, um braço das forças de segurança argentinas, chamando-a de “desaparecimento forçado”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, rejeitou a queixa ao TPI, chamando-a de “espetáculo lamentável”, em uma publicação no Telegram.
As tensões entre os dois países sul-americanos aumentaram desde que Javier Milei, um libertário de extrema direita, assumiu a presidência da Argentina no final de 2023. As relações pioraram após a contestada eleição presidencial da Venezuela em julho, na qual o atual presidente socialista Nicolás Maduro reivindicou a vitória.
No mês passado, a Argentina acusou Caracas de deter Nahuel Gallo, um membro de sua gendarmaria, depois que ele tentou entrar na Venezuela por uma travessia na Colômbia para visitar a família. Eles exigiram sua libertação imediata.
“Ele não desapareceu”, disse o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, em uma mensagem à Reuters na quinta-feira. “Ele está detido e sendo processado perante o tribunal relevante.”
Promotores venezuelanos disseram que Gallo está sendo investigado por supostas ligações com um grupo que busca realizar ações desestabilizadoras e “terroristas”.
“O governo argentino continuará usando todos os recursos legais e diplomáticos para garantir os direitos de seu cidadão, Nahuel Gallo”, disse o Ministério das Relações Exteriores argentino em um comunicado.