Alexander Soros, presidente da Open Society Foundations, anunciou no domingo (21.jul.2024) seu apoio à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, nas eleições presidenciais. Com a desistência do atual presidente Joe Biden (Partido Democrata), que decidiu não concorrer à reeleição, Kamala Harris, de 59 anos, se tornou a principal candidata do Partido Democrata para enfrentar o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano), de 78 anos.
“É hora de todos nos unirmos em torno de Kamala Harris e derrotar Donald Trump. Ela é a melhor e mais preparada opção que temos. Viva o sonho norte-americano”, escreveu Soros em sua conta no X (anteriormente Twitter).
Alex Soros, como é conhecido, é filho do empresário húngaro-americano George Soros. A família é conhecida por seu apoio à Open Society Foundations, uma organização sem fins lucrativos que financia grupos de direitos humanos, defesa da democracia e instituições educacionais.
George Soros é um defensor de direitos como o aborto e a igualdade de gênero, e tem apoiado campanhas eleitorais voltadas para a redução do encarceramento e o combate ao preconceito racial no sistema judicial. Ao assumir o controle da Open Society Foundations em 2023, Alex Soros declarou que, apesar das semelhanças com seu pai, ele se considera “mais político”. Ele já se encontrou com líderes mundiais, incluindo os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden.
Desistência de Biden
A desistência de Biden era esperada por muitos analistas e membros do Partido Democrata. Após um desempenho abaixo das expectativas no primeiro debate presidencial contra Trump, em 27 de junho, Biden enfrentou crescente pressão de aliados, tanto dentro quanto fora do partido, para que desistisse da corrida por um segundo mandato.
O debate foi amplamente criticado, com Biden mostrando dificuldades para articular pensamentos, gaguejando e se perdendo em vários momentos. Desde 30 de junho, pelo menos 38 políticos democratas pediram que Biden abandonasse a disputa, de acordo com o New York Times.
Biden descreveu o debate como “uma noite ruim”, mas essa explicação não convenceu seus apoiadores. A pressão para que reconsiderasse sua candidatura veio de figuras como o ator George Clooney e patrocinadores de campanha.
Importantes líderes democratas, como Hakeem Jeffries, líder da minoria na Câmara, e Charles Schumer, líder da maioria no Senado, conversaram diretamente com Biden na semana passada. Eles expressaram preocupações de que sua candidatura poderia prejudicar as chances do partido de manter o controle das casas legislativas no próximo ano.
Além disso, Biden tem cometido deslizes frequentes. Em 11 de julho, fez duas gafes consecutivas: primeiro, chamou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de “Putin”, e depois confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Trump, gerando uma onda de memes na internet.