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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Alerta vermelho na Alemanha: Ministra anuncia ‘tolerância zero’ contra crime violento

Por Marina B.

A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, reiterou na terça-feira que a Alemanha permanece como “um dos países mais seguros do mundo”, apesar disso, prometeu medidas para enfrentar o aumento da criminalidade violenta, especialmente entre jovens e estrangeiros.

“Não há justificativa para a violência, de forma alguma”, afirmou a política social-democrata de centro-esquerda ao apresentar as estatísticas anuais da polícia, que indicaram um aumento de 5,5% na criminalidade e um aumento de 8,6% na criminalidade violenta em 2023.

Exigindo “tolerância zero”, Faeser enfatizou a necessidade de “policiamento rigoroso, julgamentos rápidos, sentenças significativas e punições tangíveis”.

“Os criminosos devem enfrentar as consequências de suas ações – e rapidamente”, declarou.

De acordo com as estatísticas, 5,94 milhões de crimes foram registrados na Alemanha no ano passado, incluindo um aumento de quase 7% nos casos de lesões corporais graves e perigosas, com 154.541 casos registrados – o maior número já registrado.

Os casos de lesões corporais simples intencionais aumentaram 7,4%, totalizando 429.157.

Um terço dos crimes, ou 1,97 milhões, foram crimes de roubo, com um aumento de 10,7% no ano passado em todo o país, e mais de 35% na cidade-estado de Berlim.

Crime juvenil e migratório

As estatísticas também mostraram um aumento de 14,5% no número de suspeitos de crimes violentos não alemães, uma questão que Faeser enfatizou que precisa ser abordada de forma clara.

“Para os criminosos estrangeiros, isso significa, além das punições criminais imediatas, a necessidade de deixar a Alemanha muito mais rapidamente do que antes”, afirmou.

“Também se trata de prevenção e repressão. Triplicamos o número de participantes em cursos de integração para transmitir desde o primeiro dia na Alemanha quais são as regras e os valores pelos quais vivemos”, acrescentou. “Em suma, trata-se de respeito, não de violência.”

“Nosso Estado protege as pessoas, independentemente de sua origem familiar, situação financeira, crenças ou orientação sexual. Mas aqueles que violam as regras devem partir.”

Faeser também observou os impactos da pandemia de COVID na contribuição para o aumento da criminalidade entre os jovens.

“As restrições representaram um fardo enorme, especialmente para os jovens: sem escola, sem esportes, sem contato diário com amigos”, disse ela.

“Continuaremos a aprender com a pandemia, sobre como as crianças e os jovens foram massivamente afetados e como a agitação social levou à violência”, acrescentou, prometendo uma “avaliação abrangente das medidas pandêmicas”.

Guerra contra as drogas

Por fim, Faeser abordou o aumento da criminalidade relacionada às drogas.

Os atos criminosos na Alemanha ligados à cocaína e ao crack aumentaram quase 30%, atribuídos por Faeser a uma “onda gigantesca” de cocaína proveniente da América do Sul.

“A indústria bilionária dos cartéis de drogas está levando a uma escalada brutal da violência, que já estamos testemunhando na Bélgica e nos Países Baixos”, disse ela. “Não queremos ver isso na Alemanha.”

Ela mencionou que o governo alemão já fechou acordos com Brasil, Peru, Equador e Colômbia para cooperar na luta contra as drogas.

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