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Alemanha reage a ataque terrorista com medidas rigorosas: Proibição de facas e deportações aceleradas

Por Marina B.

Em 23 de agosto, um suposto seguidor do grupo extremista “Estado Islâmico” esfaqueou três pessoas até a morte durante um festival em Solingen, na Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha. O ataque reacendeu o debate sobre imigração ilegal e legislação sobre armas no país.

Em resposta, o governo alemão anunciou uma série de medidas. A Ministra do Interior, Nancy Faeser, revelou planos para uma proibição de facas em festivais, eventos esportivos e outros eventos públicos. A polícia também poderá em breve impedir o porte de facas em estações de trem e trens de longa distância. Faeser propôs ainda dar mais poderes às autoridades de segurança para revistar pessoas suspeitas de posse não autorizada de armas, mesmo sem evidências concretas. Além disso, pretende aumentar as barreiras para a obtenção de licenças de porte de arma e intensificar a vigilância da Internet, especialmente nas redes sociais, para identificar suspeitos e pessoas procuradas mais rapidamente.

O Ministro da Justiça, Marco Buschmann, anunciou que os requerentes de asilo que atacarem ou ameaçarem pessoas com facas serão deportados rapidamente. Ele também informou que refugiados que solicitaram asilo em outro país da União Europeia antes de chegar à Alemanha perderão os benefícios sociais. O suposto agressor de Solingen, Issa Al H., havia solicitado asilo na Bulgária antes de se deslocar para a Alemanha e estava desaparecido quando as autoridades tentaram deportá-lo de volta.

A Alemanha recentemente deportou 28 criminosos afegãos para Cabul, a primeira deportação para o Afeganistão desde a tomada do Talibã. No entanto, organizações de direitos humanos como a Pro Asyl argumentam que essas deportações são inconstitucionais e violam a lei internacional, devido ao risco de tortura e punições desumanas.

Em resposta às críticas, a oposição conservadora e de extrema direita tem destacado que refugiados que retornam ao seu país de origem para visitar suas famílias devem perder seu status de proteção.

O governo alemão também está estabelecendo uma nova força-tarefa para combater o islamismo, com foco na radicalização de indivíduos na internet. Thomas Mücke, da Rede de Prevenção à Violência (VPN), elogiou a iniciativa, ressaltando o sucesso de sua organização em desradicalizar indivíduos que haviam se juntado ao “Estado Islâmico”. Mücke acredita que essas medidas antiterrorismo podem trazer resultados positivos a longo prazo.

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