A gestora de recursos da Warren Investimentos está se desvinculando da corretora para explorar novos canais de distribuição. Agora rebatizada como AMW – Asset Management Warren – a instituição sai da moldura de braço vinculado e parte para atuar de forma independente, apresentando um patrimônio de R$ 1,5 bilhão. Assumindo o comando da operação (CEO), Celson Placido foi nomeado para liderar a empreitada, tendo se juntado à plataforma em 2021 para estruturar as equipes de análise e alocação.
O plano estratégico da AMW envolve a busca ativa por parcerias com outras plataformas de investimentos de varejo, escritórios de gestão de fortunas e investidores institucionais, com a meta de dobrar de tamanho ao longo deste ano. O processo de transição teve início no final de 2023, com a transferência da administração fiduciária para a Vórtx. Fundos estão passando por reestruturação, carteiras estão sendo consolidadas, e a oferta se destaca por apresentar portfólios com um histórico robusto, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelo setor em 2023.
Celson Placido destaca a solidez das áreas de alocação e análise, formadas pelos mesmos profissionais desde o início, e expressa a decisão de investir seu tempo na construção de uma gestora totalmente independente em compliance e estrutura, visando capturar não apenas o crescimento da Warren, mas também a expansão da distribuição de produtos fora da plataforma.
O movimento ganha impulso pela performance positiva dos principais fundos, segundo Igor Cavaca, sócio responsável pela asset na Warren. Entre os destaques da oferta estão o Warren Vênus, um veículo de crédito com ganhos expressivos em 2023, e o Warren Cash Clash, focado em títulos do Tesouro. Cavaca menciona a abordagem sistemática na renda fixa por fatores de risco, destacando a contribuição da ciência de dados para diversificar a carteira e mitigar riscos.
O gestor enfatiza a diferenciação da AMW ao acessar o “pool” de outras distribuidoras, colocando os produtos lado a lado para competir de maneira distinta. Sobre a expansão para ativos ilíquidos, Cavaca menciona a presença atual da casa em fundos imobiliários listados na B3, mas esclarece que se trata de uma carteira de crédito, não envolvendo investimentos em “tijolos”.