O dólar começou a manhã desta segunda-feira (5/8) com uma alta expressiva, alcançando R$ 5,86, um aumento de 2,4%. Esse pico ocorreu logo após a abertura do mercado, às 9h. No entanto, cerca de meia hora depois, por volta das 9h30, a moeda americana recuou para R$ 5,80, marcando uma alta de 1,65%.
O cenário global está agitado devido a temores de uma possível recessão nos Estados Unidos. As bolsas da Ásia enfrentaram fortes quedas nesta manhã, com Tóquio registrando uma desvalorização de 12,4%, a maior desde 1987. Na Coreia do Sul, as negociações foram até mesmo interrompidas na Bolsa de Seul, que ainda assim registrou uma queda de 8,8%.
O pessimismo no mercado começou na sexta-feira (2/8), após a divulgação de um relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA, que revelou uma taxa de desemprego de 4,3% em julho, o maior nível desde outubro de 2021. Isso levou o Goldman Sachs a aumentar de 15% para 25% a probabilidade de uma recessão nos EUA, enquanto o JPMorgan estima uma chance de 50%.
Os analistas interpretam a taxa de desemprego de 4,3% como um sinal de que o Federal Reserve (Fed) deveria começar a reduzir a taxa de juros, que atualmente está entre 5,25% e 5,50%, o maior nível desde 2001. A expectativa é que o Fed inicie a redução dos juros em setembro.
