Confira o que deve mexer com os mercados nesta segunda-feira (12)
Sem grandes indicadores econômicos previstos para esta segunda-feira (12), os investidores devem focar nos detalhes do acordo entre EUA e China, que concordaram em reduzir a maioria das tarifas por 90 dias, enquanto novas negociações comerciais estão em andamento.
No Brasil, o mercado aguarda com expectativa a divulgação do primeiro Boletim Focus pelo Banco Central após o aumento da taxa básica de juros, a Selic, para 14,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada. As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a taxa de câmbio e a atividade econômica podem indicar os próximos passos da política monetária do BC.
Os investidores também estão atentos aos números dos balanços financeiros de grandes empresas que devem ser divulgados hoje. A Brava Energia (BRAV3), BTG Pactual (BPAC11), IRB Brasil (IRBR3), Itaúsa (ITSA4), Natura (NTCO3), Petrobras (PETR4), Sabesp (SBSP3), Telefônica Brasil (VIVT3) e Yduqs (YDUQ3) apresentam seus resultados do primeiro trimestre deste ano (1T25), com teleconferências agendadas para os dias seguintes. Esses dados, que serão conhecidos após o fechamento dos mercados, poderão influenciar os preços das ações e as expectativas para o desempenho econômico do país.
Brasil
8h25 – Focus (semanal)
Café moído
O café moído acumulou uma inflação de 80,2% nos 12 meses encerrados em abril, a maior variação desde o início do Plano Real, informou o IBGE. Esse aumento é o mais significativo desde julho de 1994, embora o período de junho de 1994 a maio de 1995 tenha registrado uma variação de 85,50%. Em abril, o preço do café subiu 4,48%, desacelerando em relação ao aumento de 8,14% em março. A inflação geral, medida pelo IPCA, subiu 0,43% no mês, com Alimentação e Bebidas puxando o índice. A taxa em 12 meses chegou a 5,53%, ficando acima da meta oficial de 3,0%.
Internacional
Acordo EUA-China
Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) um acordo para reduzir temporariamente tarifas recíprocas. Após conversas com autoridades chinesas em Genebra, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, informou à imprensa que ambos os países concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas.
Autodeportação
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que cria o primeiro programa de autodeportação da história do país. Pela nova medida, imigrantes ilegais poderão deixar os EUA gratuitamente, bastando agendar um voo por meio do aplicativo CBP Home. Em vídeo, Trump afirmou que quem permanecer ilegalmente enfrentará punições severas, como multas, confisco de bens e deportação forçada. Ele também anunciou um “bônus de saída” para incentivar a autodeportação. Segundo Trump, a medida visa economizar trilhões de dólares dos contribuintes. Ele criticou a política migratória de Joe Biden.
