A Toyota anunciou recentemente o fim de sua política de apoio à agenda LGBTQ+, comunicando a decisão a seus 380 mil funcionários por meio de e-mail. Essa decisão marca uma mudança significativa na postura da empresa, que anteriormente promovia ações voltadas à diversidade, como a produção de veículos com bandeiras do arco-íris, financiamentos de eventos LGBTQ+ e treinamentos de inclusão.
Esse movimento da Toyota segue a tendência de outras grandes empresas, como Ford, John Deere, Harley-Davidson e Lowe’s, que também se distanciaram de pautas associadas à diversidade e à inclusão. Um dos fatores decisivos por trás dessa mudança foi a crescente pressão de grupos conservadores, em especial do ativista Robby Starbuck, que tem criticado empresas por se envolverem em questões políticas e sociais como identidade de gênero. Com mais de 650 mil seguidores na plataforma X (antigo Twitter), Starbuck se tornou uma voz influente, encorajando o boicote a marcas que ele considera distantes de suas bases tradicionais de consumidores, como as famílias.
Para Starbuck e seus apoiadores, o foco das empresas deveria estar nas atividades profissionais e no serviço ao cliente, sem misturar essas práticas com causas que dividem a sociedade. Ele argumenta que muitas marcas estão perdendo o contato com seu público central ao abraçarem agendas progressistas e que essa decisão de voltar às “raízes” é uma forma de recuperar a confiança dos consumidores tradicionais.
Essa decisão da Toyota e de outras empresas reflete uma reação mais ampla contra o que muitos críticos chamam de “políticas woke”, que buscam integrar questões de justiça social, inclusão e diversidade nas práticas corporativas. Ao que tudo indica, essas empresas estão optando por uma abordagem mais neutra e focada em suas atividades principais, sem envolvimento em temas que possam gerar controvérsia entre seus consumidores.