O presidente da Febraban, Isaac Sidney, elogiou a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 15%, classificando a medida como um gesto de responsabilidade, técnica e prudência diante do cenário econômico. Para ele, o Comitê de Política Monetária acertou ao não ceder a pressões políticas por cortes prematuros e ao preservar o foco no combate à inflação.
Segundo Sidney, apesar de sinais positivos na desaceleração dos preços, ainda não é hora de declarar vitória. O ambiente de incertezas, tanto internas quanto externas, exige cautela e vigilância. Ele destacou que a política monetária deve seguir firme até que a inflação esteja definitivamente sob controle, evitando riscos de instabilidade futura.
A manutenção da taxa em patamar elevado é vista por setores liberais e conservadores como um necessário freio à gastança pública e à expansão desenfreada do crédito. Para esses analistas, baixar os juros sem que o governo apresente sinal claro de compromisso fiscal seria irresponsável e perigoso.
Embora o setor produtivo e parte do empresariado se queixem do impacto dos juros altos sobre o crédito e o consumo, a visão mais prudente defende que o crescimento sustentável só virá com estabilidade macroeconômica. E isso passa, obrigatoriamente, por uma política monetária séria, reformas estruturais e redução do tamanho do Estado.
A decisão do Banco Central, portanto, reforça sua autonomia e envia uma mensagem clara: controle da inflação e previsibilidade são prioridades. Cabe agora ao Executivo fazer sua parte com responsabilidade fiscal e ambiente favorável ao investimento produtivo.