O Fundo Monetário Internacional revisou para cima a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025, agora estimada em 2,3%. A alta reflete uma resiliência do país diante de incertezas globais e choques externos, como as recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Apesar da leve melhora na projeção, o FMI apontou que o crescimento continua abaixo do potencial brasileiro. A desaceleração em relação a 2024, quando o crescimento foi de 3,4%, já era esperada, influenciada por juros altos, ambiente fiscal mais restrito e uma política econômica ainda marcada por incertezas.
Para 2026, o Fundo prevê aceleração do PIB para 2,5%, sustentada pela expectativa de avanço na produção energética e por reformas como a tributária, que ainda dependem de implementação efetiva para gerar impacto estrutural.
Sob a ótica conservadora, os números revelam que o Brasil cresce menos do que poderia. O país continua travado por entraves históricos como carga tributária sufocante, insegurança jurídica, burocracia excessiva e uma máquina estatal cara e ineficiente.
Economistas liberais destacam que, mesmo com a projeção ajustada, o crescimento continua modesto e vulnerável. O Brasil precisa de mais do que ajustes pontuais: é necessária uma agenda firme de reformas pró-mercado, abertura comercial e incentivos reais à iniciativa privada.
Além disso, o FMI alertou que medidas protecionistas de parceiros comerciais, como o tarifaço norte-americano, podem impactar negativamente as exportações brasileiras e comprometer o desempenho previsto. Isso reforça a urgência de o Brasil diversificar mercados e garantir segurança jurídica para atrair investimentos de longo prazo.
Em resumo, a elevação da previsão de crescimento é positiva, mas não elimina os desafios estruturais. Sem reformas robustas e compromisso com responsabilidade fiscal, o país seguirá crescendo menos do que deveria — e desperdiçando seu verdadeiro potencial econômico.