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segunda-feira, 13 outubro, 2025
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Sarney Filho recebeu R$ 7,5 mi de empresa investigada por fraude no INSS

Por Alexandre Gomes

Pagamento ocorreu algumas semanas antes da prisão do empresário Maurício Camisotti, apontado como um dos líderes do esquema

Transferências financeiras ligadas à fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelaram que José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), recebeu R$ 7,5 milhões de uma empresa investigada.

O pagamento, datado de 17 de março deste ano, ocorreu algumas semanas antes da prisão do empresário Maurício Camisotti, apontado como um dos líderes do esquema. As informações são do site Metrópoles.

Documento enviado à CPMI do INSS

O Relatório de Inteligência Financeira enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS detalha que a quantia foi destinada à SF Consulting Serviços Ltda., empresa de Sarney Filho.

Segundo o documento elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os recursos partiram da Rede Mais Saúde Ltda., ligada a Camisotti. A rede é abastecida por entidades suspeitas de aplicar descontos ilegais em benefícios de aposentados.

Suspeitas sobre a blindagem patrimonial da família Camisotti

O relatório aponta indícios de que a Rede Mais Saúde seria usada para proteger o patrimônio da família Camisotti, com dinheiro oriundo de fraudes em descontos na folha do INSS.

“Suspeitamos que a empresa [Rede Mais Saúde] é utilizada para blindagem do patrimônio da família Camisotti, sendo possivelmente abastecida por verbas oriundas do esquema de descontos ilegais na folha de pagamento de aposentados”, afirma o relatório, segundo o Metrópoles.

O que diz Sarney Filho

O ex-ministro do Meio Ambiente declarou ao Metrópoles que sua consultoria firmou contrato apenas com uma empresa administrada por Paulo Camisotti, filho de Maurício. Também afirmou que “não é verdade que recebeu qualquer recurso de Maurício Camisotti”.

Camisotti, preso desde meados de setembro, figura entre os principais alvos da Farra do INSS e possui diversas empresas de seguros e saúde. Ele foi detido em 12 de setembro e deve ser ouvido pela CPMI do INSS, que aprovou o pedido nesta quinta-feira, 2. De acordo com a Polícia Federal, Camisotti comandava três entidades que movimentaram mais de R$ 1 bilhão desde 2021 e aplicavam descontos indevidos sobre aposentados.

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