Estimativas do mercado indicam que a economia pode alcançar até R$ 4,8 bilhões; o relator do Orçamento trabalhava com uma previsão de corte de cerca de R$ 3,5 bilhões.
A correção do salário mínimo para 2025, dentro dos limites do arcabouço fiscal, fixando o valor em R$ 1.518, pode gerar uma economia significativa para as finanças públicas no próximo ano.
Segundo a projeção do economista Tiago Sbardelotto, da XP, a economia poderá ser de R$ 4,8 bilhões em comparação ao cenário sem limitações. Já o relator do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), previa uma economia mais modesta, de aproximadamente R$ 3,5 bilhões.
O salário mínimo influencia diversos benefícios sociais, como o BPC (benefício de prestação continuada), o seguro-desemprego e o abono salarial. O projeto de lei do pacote fiscal, sancionado pelo presidente Lula na última sexta-feira (27), determinou que o aumento do salário mínimo seja limitado ao teto do arcabouço fiscal.
O governo de Lula deve fixar o salário mínimo de 2025 em R$ 1.518, conforme informações de membros da equipe econômica. Esse valor será definido por meio de um decreto presidencial, que poderá ser publicado em breve.
Considerando o valor atual de R$ 1.412, a elevação será de R$ 106, o que representa um aumento de 7,5%, acima da inflação. No entanto, esse valor ficará R$ 10 abaixo da previsão anterior.
A fórmula de valorização real do salário mínimo, estabelecida no início do governo Lula 3, leva em conta a inflação medida pelo INPC dos últimos 12 meses e a variação do PIB dois anos antes. Com a inflação de 4,84% e o PIB de 2023 de 3,2%, o valor do salário mínimo deveria ser R$ 1.528 em 2025.
No entanto, o pacote fiscal do Ministério da Fazenda propôs um limite de 2,5% para o aumento, o que resulta em um salário mínimo de R$ 1.518 em 2025.
