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segunda-feira, 1 dezembro, 2025
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Rombo fiscal avança sob Lula e pressiona a dívida pública

Por Alexandre Gomes

Endividamento cresce em ritmo acelerado e desafia a estratégia fiscal do governo

Sob o governo Lula, o Brasil fechou os últimos 12 meses com forte expansão das despesas ligadas ao endividamento federal. O setor público desembolsou cerca de R$ 987 bilhões com juros no período encerrado em outubro, marca que estabeleceu um recorde nominal e elevou a pressão sobre as contas públicas. A proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 7,88%.

A manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em 15% ao ano desde junho tem reforçado esse movimento. O Banco Central informou que pretende sustentar a política monetária por um ciclo prolongado para empurrar a inflação até o centro da meta. Esse ambiente encarece a rolagem da dívida e amplia o peso dos juros no orçamento.

Pressão sobre o resultado fiscal

O saldo primário acumulado em 12 meses terminou em R$ 37,7 bilhões no vermelho, quadro que mostra que o governo gastou mais do que arrecadou mesmo antes de considerar os juros. A leitura do primário serve como termômetro do esforço fiscal: superávit significa que a receita cobre gastos correntes e investimentos; déficit aponta a necessidade de novas emissões de dívida.

Quando se soma o custo dos juros, o déficit nominal mostra o impacto integral da política fiscal sobre o endividamento. Mesmo administrações que conseguem superavit primário podem fechar o período com saldo nominal negativo se as despesas financeiras estiverem elevadas, como ocorre no cenário atual.

O dado mensal também chamou atenção. Em outubro, o gasto com juros alcançou R$ 113,9 bilhões, acima do registrado no mesmo mês de 2024.

Dívida bruta também cresce sob Lula

A Dívida Bruta do Governo Geral avançou para 78,6% do PIB em outubro, um salto de 0,6 ponto porcentual em relação a setembro. Em valores nominais, o estoque passou de R$ 9,7 trilhões para R$ 9,9 trilhões. No início do atual mandato presidencial, a relação estava em 71,7%. Desde então, o indicador subiu 7 pontos porcentuais, refletindo a combinação entre juros altos, desequilíbrio fiscal e aumento das necessidades de financiamento.

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