A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reconheceu que a revisão dos gastos públicos em 2023 não atingiu os resultados esperados. Em uma entrevista concedida ao canal CNN Brasil no último sábado, 30, ela admitiu que, embora o governo federal tenha implementado medidas para combater fraudes e ineficiências, o progresso na avaliação dos custos ainda não foi satisfatório.
“O desempenho da revisão dos gastos no ano passado foi abaixo do esperado”, ressaltou a ministra. “Não conseguimos colocá-la em prática rapidamente. Enquanto a receita aumentava a uma velocidade de 110 km/h, às vezes até 120 km/h, a revisão dos gastos avançava a apenas 40 km/h ou 30 km/h.”
Tebet salientou que o ano de 2023 foi dedicado à “recuperação das políticas públicas”. Por esse motivo, na sua perspectiva, “a revisão dos gastos progrediu mais lentamente”.
A ministra reafirmou o compromisso de manter a meta de eliminar o déficit das contas públicas neste ano. Além disso, ela enfatizou a necessidade de o governo Lula investir em áreas urgentes e investigar fraudes e erros.
Isso inclui uma análise minuciosa do cadastro único de beneficiários do Bolsa Família. Tebet alertou que o governo realizará uma revisão rigorosa do programa. Além disso, o Ministério do Planejamento conduzirá um levantamento para identificar possíveis irregularidades nos pagamentos da Previdência Social.
A próxima fase, conforme destacado pela ministra, envolverá a revisão do Proagro, um seguro fornecido a produtores rurais que sofreram perdas de safra. Os gastos com o programa aumentaram de R$ 2 bilhões para R$ 9 bilhões. “Há algo errado”, observou Tebet.