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sábado, 23 novembro, 2024
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Reviravolta financeira: Casas Bahia alcança acordo bilionário para alívio de dívida

Por Marina B.

As Casas Bahia apresentaram um pedido de recuperação extrajudicial para suas dívidas, totalizando R$ 4,1 bilhões. Esse pedido já foi acordado preliminarmente com os principais credores, detentores de 54,5% das dívidas, e deve ser estendido aos demais credores dispersos, incluindo pessoas físicas.

De acordo com os cálculos da empresa, essa reestruturação da dívida permitirá que a companhia preserve R$ 4,3 bilhões em seu caixa até 2027, com uma reserva de R$ 1,5 bilhão para 2024.

Antes dessa renegociação, a previsão era de que a empresa desembolsasse cerca de R$ 4,8 bilhões até 2027. Agora, esse valor foi reduzido para R$ 500 milhões no mesmo período.

Como parte do acordo, os principais bancos credores terão o direito de converter 63% dos valores devidos em ações da varejista. Além disso, o acordo inclui um período de carência de 24 meses para pagamento de juros e 30 meses para pagamento do principal.

O CEO das Casas Bahia, Renato Franklin, afirmou que essa reestruturação proporciona mais flexibilidade e liquidez para a empresa enfrentar possíveis volatilidades e aproveitar oportunidades de mercado, como a Black Friday.

Essa operação abrange apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), emitidas junto aos bancos. O Bradesco detém R$ 953 milhões em debêntures, enquanto o Banco do Brasil possui R$ 1,272 bilhão, representando 54,5% do total das emissões contempladas no plano.

A Casas Bahia optou por uma recuperação extrajudicial ao negociar com seus principais credores, um processo mais simples que não requer intervenção judicial.

O acordo prevê a consolidação de quatro séries de debêntures em uma única debênture de três séries. A maior parte da dívida será paga em novembro de 2029, com uma carência de juros e principal nos primeiros anos.

Os credores têm a opção de escolher entre a segunda e a terceira série, com vantagens como manter as atuais condições de outras linhas de crédito. A conversão da dívida em ações da empresa é uma possibilidade, mas não se espera que os principais credores assumam o controle da varejista.

A reestruturação busca proporcionar um acordo estrutural e definitivo para a empresa, com carências e um cronograma de amortização mais favoráveis.

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