Empresa controlada por Cosan e Shell registra dívida próxima de R$ 50 bi
As ações da Raízen registraram forte instabilidade nos últimos dias em meio a rumores de que a Petrobras poderia se tornar acionista da companhia. A Raízen, considerada a maior produtora de açúcar de cana e etanol do mundo, é uma joint venture formada pela Cosan e pela Shell. A informação foi divulgada na coluna do jornalista Carlo Cauti publicada na Edição 284 da Revista Oeste.
O movimento ocorre em um momento em que a empresa enfrenta dificuldades financeiras. O balanço mais recente apresentou prejuízo de R$ 1,8 bilhão, e a dívida total já se aproxima de R$ 50 bilhões. Esses números têm chamado atenção de analistas e investidores.
A Petrobras, por sua vez, havia sinalizado nos últimos meses a intenção de retomar presença no setor de distribuição de combustíveis. A estatal deixou essa área depois da privatização da antiga BR Distribuidora, hoje Vibra. Os rumores de que a companhia poderia adquirir participação na Raízen intensificaram a oscilação nos papéis da empresa.
Na semana passada, o CEO da Cosan, Marcelo Martins, afirmou que a entrada de um parceiro estratégico estava entre as alternativas avaliadas para reforçar a estrutura de capital. “A atração de um novo sócio estratégico para a Raízen era uma opção que o conglomerado estava considerando para melhorar a estrutura de capital da companhia”, declarou.
Ao longo desta semana, no entanto, a Petrobras negou que haja qualquer projeto ou estudo em andamento para investir em etanol ou no setor de distribuição em parceria com a Raízen.