Veja o que vai mexer com os mercados nesta quarta-feira (8)
Hoje, a União Europeia divulgará seus dados de inflação ao produtor de novembro. A expectativa é de alta mensal de 1,5%, mesmo assim perfazendo queda anual de 1,3%.
No Brasil, a produção industrial será divulgada pelo IBGE em breve, às 9h. As projeções apontam para queda de 0,6% no mês e alta de 1,8% no ano.
Nos EUA, o destaque fica para o relatório ADP, o segundo indicador do mercado de trabalho a ser divulgado nesta semana. O primeiro deles, o relatório JOLTs, apresentado nesta terça, demonstrou que as vagas de emprego em aberto, uma medida da demanda de mão de obra, aumentaram em 259.000, para 8,098 milhões no último dia de novembro.
O resultado foi o suficiente para reafirmar as apostas do mercado pela manutenção da taxa de juros nos EUA no patamar atual, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Os dados são uma antecipação do que o mercado espera encontrar na sexta-feira, com a divulgação dos dados da folha de pagamento (payroll).
Mais detalhes sobre a política monetária serão conhecidos também na ata do Federal Open Market Comittee (FOMC), que será divulgada na parte da tarde.
O que vai mexer com o mercado nesta quarta
Agenda
Hoje, a agenda do presidente Lula ficará tomada por eventos relacionados ao aniversário de 2 anos dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Logo pela manhã, o presidente participa de cerimônia de reintegração das obras de arte destruídas nos ataques, com destaque para o descerramento do painel “As Mulatas” de Di Cavalcanti.
Na sequência, o presidente participa de cerimônia em defesa da Democracia, que contará com a presença também do Ministro Fernando Haddad.
Já o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa, por videoconferência, das Reuniões Bimestrais de Presidentes de Bancos Centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), no Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília.
Os demais diretores permanecerão em despachos internos em Brasília.
Brasil
9h – Produção Industrial
14h30 – Fluxo Cambial
EUA
10h15 – Dados de emprego privado (ADP)
10h30 – Auxílio desemprego
12h30 -Estoques de petróleo (AIE) – Semanal
16h – Ata do FOMC
Zona do Euro
7h – Preços ao Produtor (dezembro)
7h – Confiança do consumidor
Internacional
Mark Zuckerberg contra censura
Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, afirmou em discurso nesta terça-feira (7) que a companhia está promovendo mudanças em direção à “liberdade de expressão”.
Dentre outras afirmações vistas como duras, ele disse que, na América Latina, existiriam “tribunais secretos que podem mandar companhias derrubarem conteúdo de forma silenciosa”. Como outros exemplos de países que trariam dificuldades para as companhias, estão europeus que teriam “um número crescente de leis institucionalizando a censura e tornando difícil a construção de qualquer coisa inovativa”.
Meta sem checagem de fatos
O Meta anunciou na terça-feira que abandonou seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos e que adotou um sistema baseado na comunidade, semelhante a usado na rede social de Elon Musk, a X. A companhia ainda anunciou que reduziu restrições a discussões sobre tópicos controversos, como imigração e identidade de gênero.
Os anúncios marcam uma reversão na política da Meta, cujo presidente-executivo, Mark Zuckerberg, alega defender há muito tempo um sistema de moderação ativa de conteúdo em suas redes sociais.
Trump simpatiza com Rússia contra Ucrânia na Otan
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça-feira que simpatiza com a posição russa de que a Ucrânia não deve fazer parte da Otan e lamentou que não se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, antes de sua posse.
“Uma grande parte do problema é que a Rússia — por muitos e muitos anos, muito antes de Putin — disse: ‘A Otan nunca poderia se envolver com a Ucrânia’. Agora, eles disseram isso. Isso está escrito em pedra”, disse Trump.
“E, em algum momento, Biden disse: ‘Não. Eles deveriam poder entrar para a Otan.’ Bem, então a Rússia tem alguém bem na sua porta, e eu poderia entender seus sentimentos sobre isso.”
Economia
Economia ‘mais arrumada’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que, se medidas planejadas pela pasta se concretizarem sem grandes alterações, a área econômica entregará uma economia nacional “mais arrumada” do que a deixada pelo governo anterior.
“Se o plano traçado pelo Ministério da Fazenda for a termo, chegar ao final do jeito que nós planejamos, nós vamos chegar com economia muito mais arrumada, mas muito mais arrumada, do que nós herdamos”, disse em entrevista à GloboNews, quando questionado sobre o impacto de indicadores econômicos nas eleições presidenciais de 2026.
Dólar valorizado
“Hoje o dólar está valorizado no mundo inteiro, e nós vamos sentir os efeitos disso aqui no Brasil, embora eu considere que tenha havido um exagero (do mercado) em relação à perspectiva da economia brasileira, para pior”, disse o ministro na entrevista.
A moeda brasileira passou por forte depreciação no fim do ano passado, com questionamentos sobre a responsabilidade fiscal do governo e a sustentabilidade da dívida pública, e em meio a uma forte saída de dólares do país que levou o Banco Central a intervir no câmbio.
Minerais estratégicos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram, na terça, edital de chamada pública para fomentar planos de negócios que visem a transformação de minerais estratégicos. O objetivo é desenvolver a cadeia de materiais estratégicos sustentáveis no país.
Política
Sai Pimenta, entra Sidônio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu substituir Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira no cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência para o segundo biênio do seu mandato.
O anúncio da mudança foi feito por Pimenta e Sidônio em pronunciamento no Palácio do Planalto, depois que a comunicação do governo foi alvo de críticas recentemente, inclusive de aliados.
Pimenta disse que há um tempo vinha ocorrendo uma discussão sobre o processo de transição na política de comunicação do governo, em que Lula tem a leitura de que a partir de 2025 é o período da colheita, de mostrar os resultados.
8/1
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nos últimos dois anos, 371 pessoas das mais de duas mil investigadas por participarem dos ataques de 8 de janeiro de 2023. O balanço foi divulgado na terça pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados ao caso.
Até agora, 225 condenados tiveram seus crimes classificados como graves. Ao todo, 898 réus foram responsabilizados, sendo que 527 pessoas participaram de ações mais leves e fizeram acordos com o Ministério Público Federal (MPF).
Pacheco e Lira não participarão do evento 8/1
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não participarão de atos realizados pelo governo federal para lembrar os dois anos das invasões de 8 de janeiro de 2023, segundo reportagem do Valor.
Corporativo
Embraer (EMBR3)
A Embraer anunciou nesta terça-feira que entregou 75 aviões no quarto trimestre, mesmo volume registrado nos últimos três meses de 2023 e acima das 59 aeronaves despachadas a clientes entre julho e setembro do ano passado, segundo comunicado da companhia ao mercado. No ano, a companhia entregou 206 aviões, 14% a mais que as 181 aeronaves de 2023.
(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão)